- ler mais livros do philip roth, muito embora digam que ele é misógino (a literatura nada tem a ver com o caráter do escritor, não ligo).
- terminar de ler "grandes esperanças"
- entender, de uma vez por todas, que o feminismo na internet nunca será o feminismo que a simone de beauvoir sonhou e que, a cada vez que paramos de pensar por nós mesmos, o mundo para de andar uns três tantos.
- deixar a pauta pronta na noite anterior, mesmo sabendo que malhação pode nunca mais trazer nada de bom.
- organizar meu quarto com mais afinco.
- ler, de maneira definitiva, os feeds sobre literatura que seguem sendo assinados no meu leitor de feeds.
- parar de me irritar com as decisões definitivas que as pessoas fazem pra si mesmas: tirar selfies, fotos com timer no instagram, sair de chapéu para eventos noturnos, esquecer amigos de longa data, julgar mais importante o lançamento do álbum de uma cantora pop do que relacionamentos que já passaram por várias barras, acabar amizades, amores que eles não conseguem esquecer - ainda que sejam deveras nocivos.
- esquecer que os amigos dos meus amigos existem, e que o fato deles gostarem genuinamente de pessoas com as quais não teria relacionamento amigável nem se fôssemos os últimos habitantes no planeta terra, não os faz (necessariamente) pessoas ruins (mas podem fazer deles pessoas que nada tem a ver comigo).
- entender que as pessoas às vezes vão e tomam outros caminhos (caminhos que por vezes incluem ariana grande, e nunca entenderei - mas ainda, caminhos).
- ver mais filmes. incluindo os do bergman que nunca vi, os do woody allen que tive preguiça, os que parecem bons mas desisto porque tem mais de uma hora e meia. não perder tempo com os do xavier dolan, eu já passei dos 30 anos mentais, dos 26 físicos e - mais importante - do tempo de achar que o mundo precisa ser visto com filtros de instagram e trilha sonora hipster irritante.
- ver o filme do sebastião salgado com a minha mãe
- ouvir os vinis que comprei, mas que ainda não botei na agulha.
- deixar de ir em festa chata.
- entender que deveria ter deixado o open bar aos 24, quando ainda achava que um cabelo ruivo bem pintado e cortado poderia salvar a humanidade (e a minha alma) de uma catástrofe maior.
- parar - de maneira definitiva - de fazer listas. nunca as cumpro e define personalidade obsessiva (que tenho, assumo, mas trato com luvox - e autoconhecimento).
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