Larissa. diz:
você imagine, eles fazem design.
Alain .:: [ah2] ::. Ocular diz:
quebraram as quatro linhas do gramado, eu aposto.
Alain .:: [ah2] ::. Ocular diz:
gramado bom, que eu deito e rolo.
Larissa. diz:
é, eles até tentaram me acanhar, mas eu não sou tacanha.
Alain .:: [ah2] ::. Ocular diz:
eu não queria bancar o bom rapaishhhhhhhhhhhh,
Alain .:: [ah2] ::. Ocular diz:
mas um conto sobre seus colegas mal não faz.
Alain .:: [ah2] ::. Ocular diz:
como foi?
Só pra deixar resgistrado que existe alguém, logo ali, que possui as mesmas linhas de humor, os mesmos problemas estanhos, as mesmas visões. Alguém como eu, só que diferente. Alguém em que nada existe, porque existe tudo. Em que tudo existe, porque não existe mais nada. Alguém por quem eu nutro meus mais bonitos sentimentos de proteção admiração, vindos do fundo do peito de uma pesssoa que não aprendeu a amar, mas tenta. Assim como todos nós, ou ninguém. Pelo menos como nós dois.
A minha consideração ao brother, Gramado bom em que eu deito e rolo e sou artilheira.
23.4.09
O mundo é desaturado pra quem não escreve mais.
desaturei.
existem cores aí fora e milhares de coisas que não alcanço mais. Não escrevo a mais de trinta dias exatos, salvo alguma resenha boba sobre algum show que já passou. Não existo mais de jeito nenhum que não seja esse que já enjoei de ser. Londrina agora faz frio e é cada dia mais difícil levantar da cama pra fazer qualquer coisa. Meus compromissos não impressindíveis vão ficando pra depois. Meu dentista, meu médico, minha dor de garganta, minhas aulas de canto, meu francês, meus livros. Tudo tem ficado pra lá, bem pra lá, em ali, bem pertinho, mas estou com preguiça de ir lá buscar.
Não escrevo mais. Não sei nem se ainda levo jeito para. Dizem que existem coisas que não se perdem nunca. Algumas pessoas acreditam em dons. Algumas pessoas acreditam no meu po-ten-cial cri-a-ti-vo, mas eu não acredito em mim não. Há muito tempo. Não acredito nem em dias de frio, nem em dias de calor, nem em dia nenhum. Acredito menos ainda nesses dias que eu não leio, não escrevo e vegeto ali, sonolenta em frente a televisão que fico zapeando e meu programa de conversas instantaneas.
Uma vontade suicida de terminar esse jogo de palavras no meio, deixar tudo pra lá, como tenho acostumado a fazer. Tudo um dia vai virar rotina, acredita em mim. Me diz quantas vezes eu não escrevi, nesses entremeios que permeiam entre maio e julho, que estava frio, que todos os dias acordava atrasada, e que aquelas coisas de catraca de oniubus cinzas e pessoas que eu não conheço estavam me irritando de sobremaneira.
Ainda irritam. Não é como se um dia eu pudesse pintar a rotina de bolinhas roxas. Não é como se eu pudesse sair saltitando se eu quisesse e nem é como se a gente pudesse apertar pequenos botões liga-e-desliga ajustando as coisas do jeito que melhor entender. Viver pra mim - e pra todo mundo, assim acredito - se torna uma tarefa complicada depois de um tempo. Eu sempre paro pra pensar quanto esforço eu tenho feito por tantas e tantas pessoas. Eu passo tanto tempo me preocupando com tanta gente. Gosto assim, não seria de outro modo.
estou caminhante, vão fazer meses exatos desde o começo do ano que não pego meus tenis de caminhada e vou andar, que não leio um bom livro, ou mesmo que não escrevo essas bobagens sem fim que eu não sei se alguém ainda se dá ao trabalho de espiar. às vezes preciso do silêncio, e aos vinte anos de idade que sentem pra mim como meros quinze anos - sou pouquissimo acostumada a vida adulta - descobri que preciso estar sozinha, que gosto assim.
de qualquer modo, desaturei.
é como se meu mundo vivesse em preto-e-branco, mas daquele jeito que não é bonito. alguns dias na vida todo mundo espera que o mundo seja um clichê, que de algum jeito amélie poulain alguém te faça alguma coisa pra te ver feliz e que o mundo viva algre em cores absurdamente saturadas e modelos franceses.
Minha vida não. É só uma garota de 20 anos, calça jeans, all-star, blusa básica, esquecendo todos os compromissos possíveis, adiando todas as alegrias marcadas, não sabendo o que quer da vida. todo mundo pode deixar a vida pra depois, eu acredito. Eu estou deixando a minha.
Gosto de bolinhas, de roxo, de música, de chocolate e tenho um estranho gosto por aquilo que não posso mais ter. Não ser adulta, não me imagino agora casar-ter-fihos. Desaturei. Não faço mais metade das coisasque gosto e não sei quem eu sou.
Tudo bem, vamos por partes.
existem cores aí fora e milhares de coisas que não alcanço mais. Não escrevo a mais de trinta dias exatos, salvo alguma resenha boba sobre algum show que já passou. Não existo mais de jeito nenhum que não seja esse que já enjoei de ser. Londrina agora faz frio e é cada dia mais difícil levantar da cama pra fazer qualquer coisa. Meus compromissos não impressindíveis vão ficando pra depois. Meu dentista, meu médico, minha dor de garganta, minhas aulas de canto, meu francês, meus livros. Tudo tem ficado pra lá, bem pra lá, em ali, bem pertinho, mas estou com preguiça de ir lá buscar.
Não escrevo mais. Não sei nem se ainda levo jeito para. Dizem que existem coisas que não se perdem nunca. Algumas pessoas acreditam em dons. Algumas pessoas acreditam no meu po-ten-cial cri-a-ti-vo, mas eu não acredito em mim não. Há muito tempo. Não acredito nem em dias de frio, nem em dias de calor, nem em dia nenhum. Acredito menos ainda nesses dias que eu não leio, não escrevo e vegeto ali, sonolenta em frente a televisão que fico zapeando e meu programa de conversas instantaneas.
Uma vontade suicida de terminar esse jogo de palavras no meio, deixar tudo pra lá, como tenho acostumado a fazer. Tudo um dia vai virar rotina, acredita em mim. Me diz quantas vezes eu não escrevi, nesses entremeios que permeiam entre maio e julho, que estava frio, que todos os dias acordava atrasada, e que aquelas coisas de catraca de oniubus cinzas e pessoas que eu não conheço estavam me irritando de sobremaneira.
Ainda irritam. Não é como se um dia eu pudesse pintar a rotina de bolinhas roxas. Não é como se eu pudesse sair saltitando se eu quisesse e nem é como se a gente pudesse apertar pequenos botões liga-e-desliga ajustando as coisas do jeito que melhor entender. Viver pra mim - e pra todo mundo, assim acredito - se torna uma tarefa complicada depois de um tempo. Eu sempre paro pra pensar quanto esforço eu tenho feito por tantas e tantas pessoas. Eu passo tanto tempo me preocupando com tanta gente. Gosto assim, não seria de outro modo.
estou caminhante, vão fazer meses exatos desde o começo do ano que não pego meus tenis de caminhada e vou andar, que não leio um bom livro, ou mesmo que não escrevo essas bobagens sem fim que eu não sei se alguém ainda se dá ao trabalho de espiar. às vezes preciso do silêncio, e aos vinte anos de idade que sentem pra mim como meros quinze anos - sou pouquissimo acostumada a vida adulta - descobri que preciso estar sozinha, que gosto assim.
de qualquer modo, desaturei.
é como se meu mundo vivesse em preto-e-branco, mas daquele jeito que não é bonito. alguns dias na vida todo mundo espera que o mundo seja um clichê, que de algum jeito amélie poulain alguém te faça alguma coisa pra te ver feliz e que o mundo viva algre em cores absurdamente saturadas e modelos franceses.
Minha vida não. É só uma garota de 20 anos, calça jeans, all-star, blusa básica, esquecendo todos os compromissos possíveis, adiando todas as alegrias marcadas, não sabendo o que quer da vida. todo mundo pode deixar a vida pra depois, eu acredito. Eu estou deixando a minha.
Gosto de bolinhas, de roxo, de música, de chocolate e tenho um estranho gosto por aquilo que não posso mais ter. Não ser adulta, não me imagino agora casar-ter-fihos. Desaturei. Não faço mais metade das coisasque gosto e não sei quem eu sou.
Tudo bem, vamos por partes.
3.4.09
le desolación
A desolação se fez numa sexta feira sonolenta e quente, depois de uma noite fria e sem sal.
Fez-se a tristeza, descontentamento, o choro embargado.
Fez-se tudo que não poderia ter sido, e foi.
Sinto vontade de gritar, gritar bem alto e de dentro. Sinto vontade de não estar e sinto mais ainda do que tudo um aperto no peito que não parece mais ter razão de não ser.
Amo tanto e tudo que não caibo mais em mim. Não quero mais ser, permita-me. Sinto sede, fome, frio calor. Sou um ser humano como qualquer outro e como qualquer outro sinto nos ossos a dor de de repente não querer mais ser. Não quero, abosolutamente.
Minha boca tem gosto de passado, de tristeza, de descontentamento. Sinto gostos constantes de coisas estragadas, estou podre de alma, não posso mais pertencer aqui.
Vende-se felicidade em pequenas caixinhas, eu te pergunto. Não, não se vendem. Nem isso, nem empolgação e se ao menos eu não estivesse frustrada com tudo. Se ao menos o seu corpo presente me servisse de alívio, mas a quem eu quero enganar. Sei há tanto tempo que tudo terminará num parco tchau sem mágoas e sem despedidas longas. A cada vez só sinto que falta falta falta alguma coisa e tantas faltas me criaram um abismo tão enorme que eu acho que não consigo mais levar adiante.
Se ao menos eu soubesse me explicar. Se ao menos eu não tivesse que.
Eu sinto tantas saudades, tantas tantas e tantas que eu não sei te dizer como que é. Se ao menos eu pudesse te dar tchau mais uma vez, se ao menos você ainda estivesse aqui. Não quero me encontrar com quem inventou a morte. É deveras injusto, é cruel. É estranho pensar que depois de um tempo tudo que se verá são separações. faltas, faltas, faltas, ausências. Incessantes delas.
Se ao menos a sua presença fizesse alguma diferença, se fosse de algum conforto rápido, se ao menos...
A desolação se fez numa sexta feira, mas esteve presente tão antes. Não sei o que dizer, nem tento, não quero. Sofor de uma ausência que nunca um dia esteve preenchida, me apefo a paredes roídas, tenho dores nos dentes, falta de compreensão, falta falta falta e uma desesperança do tamanho do mundo que só me deixa com medo.
Fez-se a tristeza, descontentamento, o choro embargado.
Fez-se tudo que não poderia ter sido, e foi.
Sinto vontade de gritar, gritar bem alto e de dentro. Sinto vontade de não estar e sinto mais ainda do que tudo um aperto no peito que não parece mais ter razão de não ser.
Amo tanto e tudo que não caibo mais em mim. Não quero mais ser, permita-me. Sinto sede, fome, frio calor. Sou um ser humano como qualquer outro e como qualquer outro sinto nos ossos a dor de de repente não querer mais ser. Não quero, abosolutamente.
Minha boca tem gosto de passado, de tristeza, de descontentamento. Sinto gostos constantes de coisas estragadas, estou podre de alma, não posso mais pertencer aqui.
Vende-se felicidade em pequenas caixinhas, eu te pergunto. Não, não se vendem. Nem isso, nem empolgação e se ao menos eu não estivesse frustrada com tudo. Se ao menos o seu corpo presente me servisse de alívio, mas a quem eu quero enganar. Sei há tanto tempo que tudo terminará num parco tchau sem mágoas e sem despedidas longas. A cada vez só sinto que falta falta falta alguma coisa e tantas faltas me criaram um abismo tão enorme que eu acho que não consigo mais levar adiante.
Se ao menos eu soubesse me explicar. Se ao menos eu não tivesse que.
Eu sinto tantas saudades, tantas tantas e tantas que eu não sei te dizer como que é. Se ao menos eu pudesse te dar tchau mais uma vez, se ao menos você ainda estivesse aqui. Não quero me encontrar com quem inventou a morte. É deveras injusto, é cruel. É estranho pensar que depois de um tempo tudo que se verá são separações. faltas, faltas, faltas, ausências. Incessantes delas.
Se ao menos a sua presença fizesse alguma diferença, se fosse de algum conforto rápido, se ao menos...
A desolação se fez numa sexta feira, mas esteve presente tão antes. Não sei o que dizer, nem tento, não quero. Sofor de uma ausência que nunca um dia esteve preenchida, me apefo a paredes roídas, tenho dores nos dentes, falta de compreensão, falta falta falta e uma desesperança do tamanho do mundo que só me deixa com medo.
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