a título de curiosidade, esse nunca pretendeu ser um blog sobre a minha vida. o uso da primeira pessoa é apenas um vício de linguagem. não sei me distanciar nem dos filmes que eu assisto, porque me distanciaria dos personagens que escrevo? não tenho aqui a vontade de mostrar nada pra ninguém. não espero me redmir dos meus erros, nem mostrar novos caminhos. não acabe a mim, nem a você - o leitor - descobrir se alguma dessas personagens aqui descritas são de fato eu. nem eu sei se são. nenhum personagem aqui transcrito existe do mesmo jeito na vida real. tudo que passa pelos olhos dos outros para ser descrito já não é o que era em primeiro lugar. mascaro a realidade e escrevo textos. escrevo textos que inventam uma nova realidade. escrevo porque preciso viver em um outro mundo que não o meu. escrevo porque a realidade crua me desgasta de sobremaneira. escrevo porque tenho insônia, porque sofro de distúrbios ocasionais, escrevo porque me frustro, escrevo porque preciso sublimar. não escrevo por sua causa, nem por causa dele, nem por causa dela, e nem por causa de vocês. escrevo pra mim. escrevo por mim. escrevo do que vem de dentro de mim. nada do que existe aqui aconteceu de verdade. é tudo literatura. literatura de 1,99, de romance de banca de revista escrito em papel jornal, mas literatura. não exponho a ninguém nos textos desse blog. não escrevo à ninguém nos textos desse blog. eu escrevo pra nada, pro silêncio, escrevo porque é meu vício primitivo, porque é meu único jeito de me expressar completamente, escrevo porque preciso falar e não sei, porque queria ser livre e não sou. escrevo pra me libertar. saibam, nenhuma pessoa é a motivação da minha literatura. a minha literatura é que é a motivação do meu existir. e se vocês se enxergam aqui uma hora ou outra é porque fazem parte da minha vida. e eu só sei escrever sobre aquilo que já senti.
nenhum romance é completamente imparcial.
Um comentário:
no meu também.
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