"Te amo", é dessas expressões que nunca cogitei te dizer nem em sonho porque sempre soube que dizer "te amo" pra você deixaria de ser expressão e se tornaria um ridículo e extenso (e quem sabe nunca-antes-visto) derramar de mim mesma.
Amor é uma coisa complexa que se eu tentasse explicar me embananaria toda, salvo se estivesse munida por eu-líricos cantantes e bonitos. Gosto de ti. Porque sim.
E deveria saber que quando a gente gosta "porque sim" de uma pessoa é porque gostar já é palavra boba demais dentro do universo que envolve essa relação.
Me destruístes de tal modo que não é possível que consiga poetizar nossa quadrilha, pois coisa vira e, real que você é pra mim, só sei de você cru e nunca soube de você minha história. Sei de você cru nos meus ossos, carne e, principalmente em pensamentos que me ocorrem em tardes cinzentas.
Sempre te acharei a companhia perfeita para a casinha de sapê que nunca construiremos e de algum modo vou sempre imaginar alguma coisa ridícula.
(Ridícula do tipo, não terminar esse texto porque admitir que eu te amo quase que me embrulha de amor de tão cru que és).
Texto encontrado - e não revisado - num caderno de faculdade que data de 2008.
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