Páginas

18.5.09

3.05 não é hora de escrever para quem precisa acordar amanhã.

(Mas não existe hora para se falar de amor.)

Pois te conheci insperadamente, assim como todas as coisas importantes para mim acontecem, sem que eu espere muito, ou nada. Por acaso, mas sempre quis te encontrar. Só não sabia. Te encontrei e foi como sempre houvesse existido. ( Em mim sempre existiu, só não te via assim, em forma de garoto-menino-moleque-homem-meu amor).

Nunca soube tanto assim de ti. Mas sempre te amei. Soube desde a primeira vez que tinha que te amar. Porque sempre se é atraído pelas coisas que se tem que amar, de algum jeito. Você me apareceu assim, primeiro um bom humor cativante, uma conversa interessante. Gosto daquele menino, ali, aquele ali do orkut, aquele ali com nariz de palhaço. Tudo pra depois virar coisa séria.

Namora comigo? E na brincadeira de dizer sim, começou o que sempre deveria ter sido. O que sempre foi. O que era pra ser. Desde aquela madrugada sou sua namorada, mas me sentia assim antes de ser. Te esperava sedenta, todo todo todo dia para trocar palavras importantes ou não, e me contar pra você, e esperar você se contar pra mim, e descobrir as pequenas coisas de você e te contar todas as pequenas(grandes) coisas de mim. Gostava de te descobrir. Sempre me fez sorrir isso de você existir na minha vida, desde o primeiro 'oi'. E se algum dia eu sorri de verdade, é porque no fundo sabia que você existia, e existia pra mim, em algum lugar. Meus sorrisos mais sinceros sempre foram seus. E desde que roí a corda descobri que não havia mais jeito de existir que não fosse com você (nunca houve).

Sabia antes de te encontrar, com as mãos geladas e suando e o coração a passos rápidos que aquele dia na rodoviária poderia ser o mais estranho, porém o mais importante dia da minha vida. E assim foi. E depois de alguns estranhamentos primeiros, eis que se concretiza tudo o que sempre foi, mas ainda nao tinha sido. E desse dia mais importante foram surgindo pequenos outros dias mais importantes e a maioria deles, senão quase todos, envolviam você. Envolve. Envolverão.

Soube desde o início que não poderia te largar. Não queria te deixar dormir. Te queria pra mim, inteiro, pra sempre, sem espaços ou pausas. Te queria como se querem as coisas que sempre se quis, quase que obscessivamente. Te queria pra nunca mais largar. Pra não deixar partir, pra ser meu e todo meu. E cada pedaço que conheço de você quero inteiro, só pra mim. Quero seus beijos longos e perfeitos a encaixar com os meus para sempre, todos os dias. Quero o calor do seu corpo a me esquentar nos dias frios( e nos nao frios também). Quero seu abraço no meu abraço, a apertar forte para que sejamos um só. Quero minha mão no seu rosto, seu rosto no meu peito, meu peito no teu colo, estar no seu colo pra sempre, olhos nos olhos para que eu nunca te perca e para que possamos sempre olhar na mesma direção. Quero te ter assim, inteiro, do jeito que você é, cheio de defeitos e qualidades, menino real e palpável para que possamos viver juntos entre pirqueniques e coisas sérias, em brincadeiras de ver filme, em pequenas coisas de amar.

Te tenho na distância, em doses homeopáticas. Mas te amo em doses cavalares, dessas overdoses de você. Te amo de jeitos que não sei explicar mais, porque te amo até quando não gosto de você por uma razão ou outra. Dizem que amor é gostar inclusive das coisas que se irrita, pois gosto de você inclusive nos defeitos. Te amo quando te amo, e quando não te amo, amo mais. Porque percebo a força que é não conseguir não gostar de alguém. Sei hoje, mas sempre soube que não sei viver sem você. Vivo, e aqui estou sozinha, sentido a sua falta até doer nos ossos. A falta de você dói física, e até sobe uma dorzinha perto da garganta quando eu digo ' saudades.'

Vivo então das esperanças de você, porque sei que existes e olha, até me ama. Vivo de esperas curtas, para me contar toda pra você. Porque minhas conquistas importantes já não são tão importantes se não te forem compartilhadas. Vivo nas esperas médias, de te esperar chegar pra poder te abraçar e beijar e te ter perto, assim no alcance dos olhos e dos braços, de olhar pro lado e te ver, de andar e sentir sua mão na minha. Vivo de esperas longas de viver com você e só com você, pra termos então nossas coisas e nossa vida e pra poder te cuidar todo todo dia. Pra poder te ver ao acordar, ali, do lado. Pra poder te ter sempre e te ter perto. Meu, e meu. E ser sua e só sua pra todo o tempo que o viver aqui durar.

Hoje vivo de saudades crônicas e de amor grande. Não sei existir sem te amar. Te amar é grande. E dos dois fatos que me fazem ser, um não vive sem o outro. Eu existo e eu te amo. Assim, juntinho, inseparável. Te amo tanto que chega a ser bonito, não fosse triste, o jeito que já não sei nem dizer o que (não) sou quando não está comigo.


Á você, meu amor, namorado, amigo e parceiro, todo meu sentimento e todo e todo e todo e mais e sempre.

Nenhum comentário: