E todas as implicações e loucuras que isso me causa.
Tudo o que eu sei é que sinceramente, você não ia querer ser eu, nem como eu ou mesmo passar um dia que fosse morando na minha cabeça, pensando o que eu penso, sentindo o que eu sinto. Eu que sou eu já não aguento viver na minha própria pele.
De verdade, você odiaria acordar todos os dias morrendo de sono e sem vontade de levantar. Você detestaria sentir preguiça de arrumar seu cabelo própriamente ou de colocar uma roupa mínimamente mais decente. Odiaria, detestaria sim. Você não gostaria de sentir um cansaço enorne naquele percurso que te leva ao ponto de ônibus pensando que você devia sim ter aprendido a dirigir, afinal todos os seus amigos que fizeram aniversário bem depois de você já dirigem, e detestaria bem mais saber que você só não faz isso porque não se sente preparada o suficiente. Não ia gostar de ficar em pé por quinze minutos, torcendo pra que a pilha do mp3 não acabe para que você não seja obrigada a pensar em alguma coisa mais que a letra da música que na maioria das vezes é algo que não te faz pensar muito. Ia achar ruim demais ter que abaixar a cabeça e entrar na sala fingindo que não, que não está quase uma hora atrasada mais uma vez. Voce não ia gostar de sentir sono de não conseguir se aguentar, de pensar em um mesmo lanche todos os dias e de fugir sempre dos compromissos. Você não ia achar nada interessante pensar que aquilo ali é contagem regressiva e menos ainda ia se sentir satisfeito de saber que aquilo pode ser alguma coisa que você nem, gosta de fazer. Você não ia achar legal não saber o que você vai fazer pro resto da sua vida.
Não ia gostar de sentir gosto amargo na hora do almoço, de comer pouco por falta de vontade e de sentir um sono tão absurdo que te consome por inteiro. Você não ia gostar de não ter coragem de andar sozinha, de não aguentar ficar sozinha com você mesma por muito tempo. Não ia gostar de ter dezenove anos e ainda ser completamente ligada à sua mãe. Não ia gostar de não ter liberdade alguma, de nunca ter tomado um porre, de nunca ter voltado pra casa depois das duas horas da manhã. Não ia gostar de morar nessa cidade, de estar longe da sua melhor amiga, do seu namorado, de todo o resto.
Você sinceramente ia odiar não conseguir falar tudo o que te consome, nem pra quem importa.
E ia detestar não saber o que fazer com o resto da sua vida.
Você ia odiar chorar por tudo que te deixa mal. Não ia gostar nem um pouco de cobrar das pessoas o que elas não podem dar e esperar das pessoas o que elas não vão saber que você espera. De se preocupar com quem nem lembra que seu nome apareceu por aí um dia. Ia odiar não saber se você tem feito as escolhas certas ou erradas, ser neurótica, possessiva e completamente insegura. Você não ia se sentir bem em ir dormir todo dia bem mal humorada e com vontade chorar por não ter conseguido ficar feliz, só por isso. Não ia gostar de viver de passado, de chorar toda vez que ouve legião urbana, de ninguém entender seu gosto musical e tampouco suas convicções e mais ainda de acharem que tudo isso que você acha é uma grandessíssima bobagem misturada com uma frescurona.
Você não ia querer que as pessoas achassem que você é forte o suficiente para fazer coisas das quais você sabe que não é capaz. Você não ia querer saber que você não é capaz de fazer milhões de coisas que gostaria, por pura e simples falta de coragem. Não ia querer se sentir tão mal quando te julgam ou te criticam, ou simplesmente quando te dizem que você é de um jeito ou de outro. Você não ia gostar de se sentir incapaz de amar com todas as forças que pode. Você ia detestar ser tão fraca e covarde e ia odiar sentir essa dor nas costas e mais ainda essa dor na alma.
Não ia gostar dessa incerteza que me acomete sempre sempre sempre. Não ia gostar de ter que pensar milhões de vezes antes de tomar uma escolha e de saber escrever milhões de vezes melhor do que fala. Não ia querer odiar ligar pra casa da alguém pelo simples medo de outra pessoa atender, de não saber falar com estranhos e de não dizer o que te irrita. Você ia querer morrer se estivesse se sentindo um lixo assim como eu me sinto invaríaveis vezes e em milhões de momentos.
Ia odiar nunca saber onde deixou as coisas, essa mania de desorganização horrorosa e ia querer ser mais responsável, se pudesse. Mas você não pode. Ia se sentir mal em ver mil sonhos frustrados, em não lutar pelo que quer, em sempre deixar pra um pouco depois o que deveria ter falado tão antes. Não ia gostar de perder várias e várias pessoas só por não falar o que deveria na hora certa e ia gostar menos ainda de ninguém nunca entender isso e nunca estar te dando um maldito de um colo.
Você também não ia gostar de ser hipócrita, de sempre preferir coca cola, de ter vergonha de admitir que assiste novela, de ficar mau humorada no calor, de não mandar tudo à merda sempre, de ter esse medo absurdo de ficar doente, de ficar esperando ligações que mudem a sua vida e visitas surpresas que nunca chegam, de ser viciada em internet, de não ter certeza, de se preocupar com tudo sempre, de ter cabelo enrolado, intolerância a lactose, dentes sensíveis, de ficar implorando por um pouquinho mais sempre, de ficar brava por coisas pequenas, de querer o que não existe, de não ter mais paciencia pra ler, de fazer piadas estúpidas, de esperar que tudo se resolva sozinho, de ficar puxando assunto só pra não perceber que é sozinha, de saber que foi muito melhor antes de você, de ter medo de magoar as pessoas, dessa sua manía estúpida de continuar sendo todas essas coisas que você odeia e principalmente de não ser sincera, quase nunca.
A não ser em textos como esse, de noite, quando tudo parece fazer menos sentido ainda do que fazia há alguns minutos atrás.
21.8.08
E o gmail continua guardando minhas velharias.
Não ter o que fazer na aula acaba com você fuçando a sua velha mania de escrever textos nos rascunhos dos e-mails, pra não perder e postar por não ter nada de mais interessante pra fazer. não lembro direito quando, nem porque. Fato é que por falta de vontade de outra coisa, vai isso mesmo.
Sobre Cappucinos e ausências.
Uma pequena lembrança daquela saudade.
Ela ficou pensando enquanto colocava a água quente em cima do cappucino, quando é que foi que ela resolveu que ia mesmo tomar café sozinha. Um ano, nem isso atrás eram sempre perespectivas de cafés juntos, pra sempre. " Você quer café? vou fazer um pouco pra mim" " quero sim, claro." o café dele um pouco fraco pra ela, mas ainda era café e tudo o que importava era a companhia.
Ficou pensando também quando é que ela resolveu que ia trocar as roupas pretas por calça jeans e blusa branca e não deixar mais o cabelo crescer. pensou também em porque era que ela não ouvia mais aquelas músicas e nem ria das mesmas coisas. pensou com mais força ainda quando é que ela tinha escolhido que ele saísse de vez da sua vida.
Aquilo não foi bem uma escolha. as coisas foram acontecendo e numa noite, às quatro ou cinco da manhã ele disse que ia embora e foi mesmo, e ela achou que como sempre ele iria voltar, de calças cinzas ou não, mas ia. ele não voltou. ele não voltou e ela pareceu não se importar, porque ela nunca se importava demais com nada e menos ainda com essas coisas de amor. o amor da vida dela era só uma perspectiva de café e algumas outras coisas que o tempo levou e ela nem consegue lembrar mais.
Mas ao pegar aquela xícara de água quente e dar passos largos e leves até o computador alguma coisa faltou. uma ausência. uma ausência daquilo que era e não é mais, e quem sabe nunca mais vai ser. aquilo que era pra ser pra sempre, bonito, indivizível e real.
Mas até as coisas pra sempre, bonitas, indivizíveis e reais um dia acabam. só acabam. depois de uma conversa, depois de um achar que era a escolha certa. depois de uma simples conversa de noite que acaba tudo que foi construído em anos num simples tchau.
Nem era nada, nem era perspectiva de que eles fossem voltar. era só e simplesmente saudade. saudade daquilo tudo que era pra ter sido e não foi. desde os passeios de bicicleta no fim de tarde, idas a praia, shows e viagens internacionais. cafeína, café, coca cola e o abraço. estranha ausência, um aperto no peito. mas peloamordedeus, esra só uma xícara de cappucino e ela nem lembrava se ele gostava de cappucino também ou se era só de café.
Era só mais uma música, zé ramalho nos fones de ouvido e o fato dela lembrar que ele era a única pessoa que tinha dito que gostava de zé ramalho, justo aquela música mais brega e ainda sim bonita que ele cantava com chitãozinho e xororó. era só porque ele era o único cara que tinha coragem de falar pra ela o que pensava de verdade e era porque ele era o único que respeitava o fato de ela ouvir essas coisas que nem são legais. era só porque ele até gostava de sertenejo escondido e ela bem que sabia, e achava graça e porque ele era o único com as cantadas de pedreiro legais e também com as declarações simples e bonitas mesmo quando essas declarações vinham em forma de brigas que a faziam perder o chão.
Era, na verdade, domingo, um pouco de água quente na xícara, um pouco de água com sal nos olhos e lembranças de algo que um dia pode até ser de novo, quem sabe, um dia e ela só ficou pensando que era tudo porque existia uma ausência imensa, um buraco meio sem cor no meio de tudo e que ele talvez, tinha sido a única coisa, pessoa ou ser que ela já amou de perder o chão, as chaves, a cabeça e todo o resto. era talvez porque era isso que preenchia o coração frio dela coisa que nem mil xícaras de cappucino ferventes fariam mais. nunca mais.
Sobre Cappucinos e ausências.
Uma pequena lembrança daquela saudade.
Ela ficou pensando enquanto colocava a água quente em cima do cappucino, quando é que foi que ela resolveu que ia mesmo tomar café sozinha. Um ano, nem isso atrás eram sempre perespectivas de cafés juntos, pra sempre. " Você quer café? vou fazer um pouco pra mim" " quero sim, claro." o café dele um pouco fraco pra ela, mas ainda era café e tudo o que importava era a companhia.
Ficou pensando também quando é que ela resolveu que ia trocar as roupas pretas por calça jeans e blusa branca e não deixar mais o cabelo crescer. pensou também em porque era que ela não ouvia mais aquelas músicas e nem ria das mesmas coisas. pensou com mais força ainda quando é que ela tinha escolhido que ele saísse de vez da sua vida.
Aquilo não foi bem uma escolha. as coisas foram acontecendo e numa noite, às quatro ou cinco da manhã ele disse que ia embora e foi mesmo, e ela achou que como sempre ele iria voltar, de calças cinzas ou não, mas ia. ele não voltou. ele não voltou e ela pareceu não se importar, porque ela nunca se importava demais com nada e menos ainda com essas coisas de amor. o amor da vida dela era só uma perspectiva de café e algumas outras coisas que o tempo levou e ela nem consegue lembrar mais.
Mas ao pegar aquela xícara de água quente e dar passos largos e leves até o computador alguma coisa faltou. uma ausência. uma ausência daquilo que era e não é mais, e quem sabe nunca mais vai ser. aquilo que era pra ser pra sempre, bonito, indivizível e real.
Mas até as coisas pra sempre, bonitas, indivizíveis e reais um dia acabam. só acabam. depois de uma conversa, depois de um achar que era a escolha certa. depois de uma simples conversa de noite que acaba tudo que foi construído em anos num simples tchau.
Nem era nada, nem era perspectiva de que eles fossem voltar. era só e simplesmente saudade. saudade daquilo tudo que era pra ter sido e não foi. desde os passeios de bicicleta no fim de tarde, idas a praia, shows e viagens internacionais. cafeína, café, coca cola e o abraço. estranha ausência, um aperto no peito. mas peloamordedeus, esra só uma xícara de cappucino e ela nem lembrava se ele gostava de cappucino também ou se era só de café.
Era só mais uma música, zé ramalho nos fones de ouvido e o fato dela lembrar que ele era a única pessoa que tinha dito que gostava de zé ramalho, justo aquela música mais brega e ainda sim bonita que ele cantava com chitãozinho e xororó. era só porque ele era o único cara que tinha coragem de falar pra ela o que pensava de verdade e era porque ele era o único que respeitava o fato de ela ouvir essas coisas que nem são legais. era só porque ele até gostava de sertenejo escondido e ela bem que sabia, e achava graça e porque ele era o único com as cantadas de pedreiro legais e também com as declarações simples e bonitas mesmo quando essas declarações vinham em forma de brigas que a faziam perder o chão.
Era, na verdade, domingo, um pouco de água quente na xícara, um pouco de água com sal nos olhos e lembranças de algo que um dia pode até ser de novo, quem sabe, um dia e ela só ficou pensando que era tudo porque existia uma ausência imensa, um buraco meio sem cor no meio de tudo e que ele talvez, tinha sido a única coisa, pessoa ou ser que ela já amou de perder o chão, as chaves, a cabeça e todo o resto. era talvez porque era isso que preenchia o coração frio dela coisa que nem mil xícaras de cappucino ferventes fariam mais. nunca mais.
19.8.08
the rest...
E eu posso até acordar amanhã e não estar mais viva - se é que se acorda, quando não se está mais viva..-
e tenho medo de estar passando pela rua e num acidente tudo acabar.
mas me assusta muito mais viver, viver me dói a alma e os dentes
viver me dá dores nas costas.
eu tenho muito mais medo daquilo que chamam de "o resto da sua vida".
e tenho medo de estar passando pela rua e num acidente tudo acabar.
mas me assusta muito mais viver, viver me dói a alma e os dentes
viver me dá dores nas costas.
eu tenho muito mais medo daquilo que chamam de "o resto da sua vida".
18.8.08
O retorno de saturno
- dizem que ele morreu com dois tiros na cabeça, no dia do retorno de saturno. E ele odiava astrologia.
- Eu nunca penso nisso...
- Em tiros?
- Não, em saturno.
- Eu sempre fico pensando nisso.
- Em saturno?
- Não, em tiros.
- Por quê?
- Porque eu penso em tiros?
- Não, porque você nunca pensa em saturno.
- Eu penso, às vezes. Por causa dos anéis. Acho bonito. Sabe, aquele planeta amarelo-alaranjado e os anéis... Acho muito bonito. E você?
- O que eu acho dos anéis?
- Não. Por que você nunca pensa em saturno.
- Eu penso. Quando me perguntam qual é meu planeta predileto eu respondo saturno. Talvez porque eu nunca lembre de nenhum outro planeta pra falar. Gostava de Plutão, por causa do nome: plu-tão. Me parecia qualquer coisa engraçada que fazia rir. E eu sempre preciso de coisas que façam rir. Agora Plutão foi rebaixado, não pode mais responder isso. Mas pra pensar em saturno precisa de um estímulo. Não é espontâneo como pensar em tiros. Gosto de Vênus, mas Vênus sempre me parece mais uma estrela.
- Por quê?
- Porque Vênus me parece mais uma estrela?
- Não. Por que você pensa mais facilmente em tiros.
- Porque tiros me lembram morte e quando se está vivo fatalmente se lembra de morte. Todo começo pressupõe um fim.
- Como assim?
- Como todo começo pressupõe um fim?
- Não, como você interliga tiros e morte. Você acha interessante?
- Acho.
- A morte, ou os tiros?
- Os tiros que antecedem a morte.
- Só os tiros que antecedem a morte?
- Só. Se você vive depois de um tiro é algum tipo de milagre, de descontinuação. Me interesso mais pelas coisas que seguem uma certa lógica.
- Por que isso?
- Porque eu prefiro coisas que seguem uma certa lógica?
- Não. Por que você só se interessa por tiros que antecedem a morte.
- Porque é rápido e simples. Um projétil estranho adentra o seu corpo e estoura suas veias, explode seu frágil corpo e jorra sangue por todos os lados, sem parar. Não importa se você era uma pessoa forte ou qualquer coisa. A bala perfura seus órgãos e em alguns segundos é só sangue e uma dor insuportável, um grito e o alívio. É como dormir, só que pra sempre.
- As crianças costumam dormir depois de chorarem. Talvez elas queiram sentir o alívio.
- Os depressivos dormem para esquecer a dor de estar vivo.
- Dizem que a morte é o alívio para dor de viver.
- Você acredita nisso?
- Que a morte é o alívio pra dor de viver?
- Não, que viver dói.
- às vezes. É mais ou menos como pensar em saturno. Só penso nisso quando me perguntam. Não é como pensar em morte, ou em tiros.
- por que?
- Porque eu nunca penso se viver dói?
- Não. Por que você pensa em morte e tiros.
- Não é pelo mesmo motivo que você. Eu só penso em morte e tiros porque tenho medo. Medo que aconteça comigo. Medo que um dia eu esteja andando na rua e um projétil estranho adentre as minhas víceras e depois de uma perfuração rápida e muito sangue, uma dor insuportável, um grito e o alívio.
- Todo mundo que vive tem medo de morrer.
- Você também?
- Também. Mas tenho bastante medo de estar viva.
- Tenho mais medo de levar um tiro e morrer. Por mais que seja rápido e simples. Mas e você?
- Se eu tenho medo de levar um tiro?
- Não. Se você acha que a vida dói.
- Continuamente.
- E você pensa nisso?
- Não.
- E como você sente que dói?
- Eu não sinto. Eu sei. É como uma dor crônica. Depois que dói todos os dias você esquece da dor. Mas você sabe que está doendo. É como dores crônicas nas costas, ou um casamento falido. Você se acostuma a viver com isso. Mas sabe que dói.
- E você nunca sente?
- Quase ninguém sente. Porque você acha que as pessoas estão sempre correndo o tempo todo?
- Por causa da dor?
- Pra não sentir.
- Sempre?
- Sempre. Você sente a dor quando está só você e você mesmo. Sabe, aquela hora que você acorda no meio da noite, ou o breve caminho do ponto de ônibus até em casa, quando seus pensamentos roubam seus monstros mais escondidos e colocam pra fora. É aí que dói. Não tem como evitar.
- Você faz isso?
- Se ocupar?
- Não, ficar só você e você mesma.
- Só quando eu não posso evitar.
- E se acontecer?
- Eu penso no alívio.
- Os tiros?
- Não. Dormir.
[ To be continued...
Isso ainda vira uma história total, um livro, um filme, ou o que eu inventar e me permitirem. Só a prévia. ]
- Eu nunca penso nisso...
- Em tiros?
- Não, em saturno.
- Eu sempre fico pensando nisso.
- Em saturno?
- Não, em tiros.
- Por quê?
- Porque eu penso em tiros?
- Não, porque você nunca pensa em saturno.
- Eu penso, às vezes. Por causa dos anéis. Acho bonito. Sabe, aquele planeta amarelo-alaranjado e os anéis... Acho muito bonito. E você?
- O que eu acho dos anéis?
- Não. Por que você nunca pensa em saturno.
- Eu penso. Quando me perguntam qual é meu planeta predileto eu respondo saturno. Talvez porque eu nunca lembre de nenhum outro planeta pra falar. Gostava de Plutão, por causa do nome: plu-tão. Me parecia qualquer coisa engraçada que fazia rir. E eu sempre preciso de coisas que façam rir. Agora Plutão foi rebaixado, não pode mais responder isso. Mas pra pensar em saturno precisa de um estímulo. Não é espontâneo como pensar em tiros. Gosto de Vênus, mas Vênus sempre me parece mais uma estrela.
- Por quê?
- Porque Vênus me parece mais uma estrela?
- Não. Por que você pensa mais facilmente em tiros.
- Porque tiros me lembram morte e quando se está vivo fatalmente se lembra de morte. Todo começo pressupõe um fim.
- Como assim?
- Como todo começo pressupõe um fim?
- Não, como você interliga tiros e morte. Você acha interessante?
- Acho.
- A morte, ou os tiros?
- Os tiros que antecedem a morte.
- Só os tiros que antecedem a morte?
- Só. Se você vive depois de um tiro é algum tipo de milagre, de descontinuação. Me interesso mais pelas coisas que seguem uma certa lógica.
- Por que isso?
- Porque eu prefiro coisas que seguem uma certa lógica?
- Não. Por que você só se interessa por tiros que antecedem a morte.
- Porque é rápido e simples. Um projétil estranho adentra o seu corpo e estoura suas veias, explode seu frágil corpo e jorra sangue por todos os lados, sem parar. Não importa se você era uma pessoa forte ou qualquer coisa. A bala perfura seus órgãos e em alguns segundos é só sangue e uma dor insuportável, um grito e o alívio. É como dormir, só que pra sempre.
- As crianças costumam dormir depois de chorarem. Talvez elas queiram sentir o alívio.
- Os depressivos dormem para esquecer a dor de estar vivo.
- Dizem que a morte é o alívio para dor de viver.
- Você acredita nisso?
- Que a morte é o alívio pra dor de viver?
- Não, que viver dói.
- às vezes. É mais ou menos como pensar em saturno. Só penso nisso quando me perguntam. Não é como pensar em morte, ou em tiros.
- por que?
- Porque eu nunca penso se viver dói?
- Não. Por que você pensa em morte e tiros.
- Não é pelo mesmo motivo que você. Eu só penso em morte e tiros porque tenho medo. Medo que aconteça comigo. Medo que um dia eu esteja andando na rua e um projétil estranho adentre as minhas víceras e depois de uma perfuração rápida e muito sangue, uma dor insuportável, um grito e o alívio.
- Todo mundo que vive tem medo de morrer.
- Você também?
- Também. Mas tenho bastante medo de estar viva.
- Tenho mais medo de levar um tiro e morrer. Por mais que seja rápido e simples. Mas e você?
- Se eu tenho medo de levar um tiro?
- Não. Se você acha que a vida dói.
- Continuamente.
- E você pensa nisso?
- Não.
- E como você sente que dói?
- Eu não sinto. Eu sei. É como uma dor crônica. Depois que dói todos os dias você esquece da dor. Mas você sabe que está doendo. É como dores crônicas nas costas, ou um casamento falido. Você se acostuma a viver com isso. Mas sabe que dói.
- E você nunca sente?
- Quase ninguém sente. Porque você acha que as pessoas estão sempre correndo o tempo todo?
- Por causa da dor?
- Pra não sentir.
- Sempre?
- Sempre. Você sente a dor quando está só você e você mesmo. Sabe, aquela hora que você acorda no meio da noite, ou o breve caminho do ponto de ônibus até em casa, quando seus pensamentos roubam seus monstros mais escondidos e colocam pra fora. É aí que dói. Não tem como evitar.
- Você faz isso?
- Se ocupar?
- Não, ficar só você e você mesma.
- Só quando eu não posso evitar.
- E se acontecer?
- Eu penso no alívio.
- Os tiros?
- Não. Dormir.
[ To be continued...
Isso ainda vira uma história total, um livro, um filme, ou o que eu inventar e me permitirem. Só a prévia. ]
15.8.08
Eu não aguento mais esperar
Por intervalos comerciais e (principalmente) pelo resto todo.
Dá licença, fui pegar um chá com bolachas de chocolate e já volto aqui pra botar meus pensamentos em ordem antes que meus olhos fechem.
Não creio que cafeína continue fazendo qualquer efeito. Meus olhos teimam em fechar assim mesmo. Depois do experimento " fique dias sem dormir" era meio natural que eu acabasse acabada e errando continuamente as letras desse teclado maldito. Mas eu acho que estou aqui pra falar de cansaço e espera. Eu acho, porque desde que eu nasci eu não tenho certeza de nada. nadinha. nunca.
Os intervalos comerciais tem me irritado profundamente. Eu não aguento mais esperar os cinco minutos, ou três, ou alguém sabe quanto dura o intervalo comercial? que demora pra recomeçar o meu programa. zapeio a tv continuamente em busca de qualquer coisa que não seja o intervalo comercial e sempre acabo perdendo a mtv pública, ou qualquer vinheta idiota que podia até ser engraçada. Nas zapeadas é um pedaço de uma novela aleatória, um desenho, um clip idiota, um programa com legendas, qualquer coisa. Depois é voltar pro porgrama que eu estrava assistindo e zapear tudo de novo no próximo intervalo comercial.
Minha vida é cheia de intervalos comerciais, de momentos que eu não aguento mais esperar. Não aguento mais andar os cinco minutos que me levam até o ponto que me levam até a univervidade. Não aguento mais os quinze minutos dentro desse mesmo ônibus que me deixam na universidade. Não aguento esperar até o intervalo. Não aguento mais pegar dois ônibus e esperar até chegar em casa de volta. Não aguento mais o tempo que demora até chagar duas horas pra que passe alguma coisa que preste na televisão, e não aguento mais segurar o sono até meia noite e meia, todos os dias pra no fim, nada. Eu não aguento mais essa espera infinita por coisas aleatórias que não chegam nunca.
Dois anos e meio até terminar a faculdade. Duas semanas até a viagem. Três meses até as férias. Quinze minutos e você chega? Tudo bem, eu espero mais meia hora roendo a unnha do meu polegar esquerdo e fazendo cara de quem não está se importando. Eu vivo a minha vida toda roendo a unha do meu polegar esquerdo na espera de qualquer coisa que eu nem sei bem o que é. Términos, recomeços, oi como foi seu dia? Esperas são vazias, enchem os minutos de segundos infinitose se eu ainda conseguisse fazer alguma coisa enqaunto espero... Mas o nome é, espera. O que você quer ainda está pra chegar e não tem nada que preencha o espaço.
Minha vida é uma eterna espera. O que eu quero ainda está pra chegar e não tem nada que preencha o espaço.
Mas eu vou continuar esperando roendo o canto da unha do meu polegar esquerdo, fingindo não me importar enquanto meu chá esfria e toda a minha vontade de que chegasse já passou. No fim das contas é só uma sucessão de vazios aleatórios e impreenchíveis sem fim, e um pouco de cansaço pra completar o pacote.
Eu não aguento mais esperar, vou dormir que as unhas do meu polegar já acabaram e o vazio só está começando.
Dá licença, fui pegar um chá com bolachas de chocolate e já volto aqui pra botar meus pensamentos em ordem antes que meus olhos fechem.
Não creio que cafeína continue fazendo qualquer efeito. Meus olhos teimam em fechar assim mesmo. Depois do experimento " fique dias sem dormir" era meio natural que eu acabasse acabada e errando continuamente as letras desse teclado maldito. Mas eu acho que estou aqui pra falar de cansaço e espera. Eu acho, porque desde que eu nasci eu não tenho certeza de nada. nadinha. nunca.
Os intervalos comerciais tem me irritado profundamente. Eu não aguento mais esperar os cinco minutos, ou três, ou alguém sabe quanto dura o intervalo comercial? que demora pra recomeçar o meu programa. zapeio a tv continuamente em busca de qualquer coisa que não seja o intervalo comercial e sempre acabo perdendo a mtv pública, ou qualquer vinheta idiota que podia até ser engraçada. Nas zapeadas é um pedaço de uma novela aleatória, um desenho, um clip idiota, um programa com legendas, qualquer coisa. Depois é voltar pro porgrama que eu estrava assistindo e zapear tudo de novo no próximo intervalo comercial.
Minha vida é cheia de intervalos comerciais, de momentos que eu não aguento mais esperar. Não aguento mais andar os cinco minutos que me levam até o ponto que me levam até a univervidade. Não aguento mais os quinze minutos dentro desse mesmo ônibus que me deixam na universidade. Não aguento esperar até o intervalo. Não aguento mais pegar dois ônibus e esperar até chegar em casa de volta. Não aguento mais o tempo que demora até chagar duas horas pra que passe alguma coisa que preste na televisão, e não aguento mais segurar o sono até meia noite e meia, todos os dias pra no fim, nada. Eu não aguento mais essa espera infinita por coisas aleatórias que não chegam nunca.
Dois anos e meio até terminar a faculdade. Duas semanas até a viagem. Três meses até as férias. Quinze minutos e você chega? Tudo bem, eu espero mais meia hora roendo a unnha do meu polegar esquerdo e fazendo cara de quem não está se importando. Eu vivo a minha vida toda roendo a unha do meu polegar esquerdo na espera de qualquer coisa que eu nem sei bem o que é. Términos, recomeços, oi como foi seu dia? Esperas são vazias, enchem os minutos de segundos infinitose se eu ainda conseguisse fazer alguma coisa enqaunto espero... Mas o nome é, espera. O que você quer ainda está pra chegar e não tem nada que preencha o espaço.
Minha vida é uma eterna espera. O que eu quero ainda está pra chegar e não tem nada que preencha o espaço.
Mas eu vou continuar esperando roendo o canto da unha do meu polegar esquerdo, fingindo não me importar enquanto meu chá esfria e toda a minha vontade de que chegasse já passou. No fim das contas é só uma sucessão de vazios aleatórios e impreenchíveis sem fim, e um pouco de cansaço pra completar o pacote.
Eu não aguento mais esperar, vou dormir que as unhas do meu polegar já acabaram e o vazio só está começando.
10.8.08
prazer,
Gosto de nomenclaturas, de datas, de televisão.
Não fumo, bebo muito pouco e não vou às festas legais.
Sempre estou em casa depois da uma da manhã.
Tenho medo da palavra compromisso.
Tenho medo de mim mesma.
Não pintaria meu cabelo de colorido, nem mesmo de vermelho vivo.
Uso franja por ser testuda, e nada mais que isso.
Odeio resolver coisas e problemas. Deixo tudo que eu puder pra depois.
Eu não ligo muito em perder nada, nem pessoas.
Teria um gato, se eu não preferisse olhar a sacada sem tela.
Eu nunca mais fiquei na sacada.
Espero muito mais das pessoas do que elas podem me dar.
Me frustro, diariamente.
Sou melancólica.
Detesto que esqueçam meu aniversário. ou qualquer data comemrativa.
Eu não acredito que datas não representam nada.
Gosto das aparências.
Odeio ter que secar meu cabelo todos os dias.
Imito comportamentos e estilos.
Acho o Jude Law lindo e não tenho mais vontade de morar na inglaterra.
Decoro números de telefone com uma facilidade absurda.
Ninguém nunca foi a minha vida.
Gosto de rock brasileiro dos anos oitenta.
Não gosto de coisas moderninhas.
Ando com preguiça de ler. desenho mal.
virei designer por dinheiro.
agora quero o idealismo.
imprimo em papel reciclado.
me sujo enquanto como.
deixo as luzes acesas.
as coisas não são mais como eram antes.
rio alto, mas não sou feliz.
digo que preciso de inúmeras coisas sem as quais viveria bem.
gosto de telefonemas.
gosto de mensagens de texto.
gosto de visitas.
gosto de abraços mas nunca abraço ninguém.
sou absurdamente ligada à minha mãe.
sou absurdamente parecida com o meu pai.
sou intrinsecamente ligada à minha família.
durmo quando amanhece.
acordo tarde.
chego atrasada todos os dias.
gosto de cinema, mas só o básico.
meus personagens sempre fumam.
as problemáticas, pelo menos.
respeito, mas não aceito inúmeras coisas.
eu gostava tanto de futebol...
não gosto de meninos e meninas.
só de meninos.
não entendo quem gosta dos dois.
tenho medo do que o mundo vai virar.
quero ter dois filhos, um menino e uma menina.
everything is broken.
daqui há dois anos, eu não me imagino.
sou cristã, presbiteriana.
não acredito em mil coisas que a igreja prega.
mas acredito em Deus.
gosto de beatles, mas só o necessário.
não acho o radiohead tão foda assim.
assisto novela da globo.
discuto política.
não consigo terminar o livro do franz kafka.
sentaria num café pra conversar com o chico buarque.
deixaria passar o david bowie.
me perdi.
sou viciada em café e coca cola.
não gosto tanto assim de videogames.
odeio gente prepotente.
You're not that smart.
ninguém nunca é.
respeito as limitações das outras pessoas.
burrice me irrita.
falta de capacidade, não.
gosto muito de fotografia.
mas não detesto o photoshop.
não tenho paciencia pro laboratório PB
sei de quase tudo um pouco, e quase tudo mal.
odeio quem menospreza o trabalho dos outros.
posso ter p.h.d, mas espero nunca me portar como se eu soubesse muito.
entendo o só sei que nada sei.
sou normal.
gosto de gente esquisita.
depois me irrito com elas.
nasci pra conviver com normais.
gosto de tosquisses em geral.
fui no show do charlie brown jr.
e fiquei triste em saber que o engenheiros do hawaii acabou.
por mim, Los Hermanos que se exploda.
Notívaga.
só não gosto da vida noturna.
detesto cheiro de cigarro.
não tenho paciência pra gente bêbada.
não procuro bandas que não são conhecidas, é fato.
quando eu estava no colégio, eu era simplesmente uma menina normal.
hoje eu não sei quem eu sou.
po-ten-cial cri-a-ti-vo.
se for pra ter um porre, vai ser de vinho.
sinceramente, você pode se abrir comigo.
eu sinto saudades. tantas.
acho zeca baleiro mais romântico que chico buarque
preciso de validações.
gosto de falar sério às vezes.
sinto saudades.
estou com sono.
estou sempre com sono.
vou dormir sem ter revelado nem metade de mim.
prazer, eu também não me conheço.
Não fumo, bebo muito pouco e não vou às festas legais.
Sempre estou em casa depois da uma da manhã.
Tenho medo da palavra compromisso.
Tenho medo de mim mesma.
Não pintaria meu cabelo de colorido, nem mesmo de vermelho vivo.
Uso franja por ser testuda, e nada mais que isso.
Odeio resolver coisas e problemas. Deixo tudo que eu puder pra depois.
Eu não ligo muito em perder nada, nem pessoas.
Teria um gato, se eu não preferisse olhar a sacada sem tela.
Eu nunca mais fiquei na sacada.
Espero muito mais das pessoas do que elas podem me dar.
Me frustro, diariamente.
Sou melancólica.
Detesto que esqueçam meu aniversário. ou qualquer data comemrativa.
Eu não acredito que datas não representam nada.
Gosto das aparências.
Odeio ter que secar meu cabelo todos os dias.
Imito comportamentos e estilos.
Acho o Jude Law lindo e não tenho mais vontade de morar na inglaterra.
Decoro números de telefone com uma facilidade absurda.
Ninguém nunca foi a minha vida.
Gosto de rock brasileiro dos anos oitenta.
Não gosto de coisas moderninhas.
Ando com preguiça de ler. desenho mal.
virei designer por dinheiro.
agora quero o idealismo.
imprimo em papel reciclado.
me sujo enquanto como.
deixo as luzes acesas.
as coisas não são mais como eram antes.
rio alto, mas não sou feliz.
digo que preciso de inúmeras coisas sem as quais viveria bem.
gosto de telefonemas.
gosto de mensagens de texto.
gosto de visitas.
gosto de abraços mas nunca abraço ninguém.
sou absurdamente ligada à minha mãe.
sou absurdamente parecida com o meu pai.
sou intrinsecamente ligada à minha família.
durmo quando amanhece.
acordo tarde.
chego atrasada todos os dias.
gosto de cinema, mas só o básico.
meus personagens sempre fumam.
as problemáticas, pelo menos.
respeito, mas não aceito inúmeras coisas.
eu gostava tanto de futebol...
não gosto de meninos e meninas.
só de meninos.
não entendo quem gosta dos dois.
tenho medo do que o mundo vai virar.
quero ter dois filhos, um menino e uma menina.
everything is broken.
daqui há dois anos, eu não me imagino.
sou cristã, presbiteriana.
não acredito em mil coisas que a igreja prega.
mas acredito em Deus.
gosto de beatles, mas só o necessário.
não acho o radiohead tão foda assim.
assisto novela da globo.
discuto política.
não consigo terminar o livro do franz kafka.
sentaria num café pra conversar com o chico buarque.
deixaria passar o david bowie.
me perdi.
sou viciada em café e coca cola.
não gosto tanto assim de videogames.
odeio gente prepotente.
You're not that smart.
ninguém nunca é.
respeito as limitações das outras pessoas.
burrice me irrita.
falta de capacidade, não.
gosto muito de fotografia.
mas não detesto o photoshop.
não tenho paciencia pro laboratório PB
sei de quase tudo um pouco, e quase tudo mal.
odeio quem menospreza o trabalho dos outros.
posso ter p.h.d, mas espero nunca me portar como se eu soubesse muito.
entendo o só sei que nada sei.
sou normal.
gosto de gente esquisita.
depois me irrito com elas.
nasci pra conviver com normais.
gosto de tosquisses em geral.
fui no show do charlie brown jr.
e fiquei triste em saber que o engenheiros do hawaii acabou.
por mim, Los Hermanos que se exploda.
Notívaga.
só não gosto da vida noturna.
detesto cheiro de cigarro.
não tenho paciência pra gente bêbada.
não procuro bandas que não são conhecidas, é fato.
quando eu estava no colégio, eu era simplesmente uma menina normal.
hoje eu não sei quem eu sou.
po-ten-cial cri-a-ti-vo.
se for pra ter um porre, vai ser de vinho.
sinceramente, você pode se abrir comigo.
eu sinto saudades. tantas.
acho zeca baleiro mais romântico que chico buarque
preciso de validações.
gosto de falar sério às vezes.
sinto saudades.
estou com sono.
estou sempre com sono.
vou dormir sem ter revelado nem metade de mim.
prazer, eu também não me conheço.
soledad
às vezes eu fico pensando se essa coisa de sen-ti-men-to
de qualquer espécie, valor, tipo
desde as relações de amizade, de conveniência, amor e essas coisas todas
eu fico pensando se isso não é só uma maquiagem
para o fato inevitável de que nascemos e vamos
morrer sozinhos
e que necessidade de convivência é só um egoísmo que a gente tem
porque morre de medo de enlouquecer
na
solidão.
de qualquer espécie, valor, tipo
desde as relações de amizade, de conveniência, amor e essas coisas todas
eu fico pensando se isso não é só uma maquiagem
para o fato inevitável de que nascemos e vamos
morrer sozinhos
e que necessidade de convivência é só um egoísmo que a gente tem
porque morre de medo de enlouquecer
na
solidão.
Assinar:
Postagens (Atom)