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23.4.10

Let go

E depois daquilo eu percebi o óbvio nem tão óbvio assim. Eu só podia ser feliz com você ou se eu te deixasse ir. E te deixar ir em qualquer sentido. Te desgarrar de dentro de mim, te maldizer até a quinta geração ou simplesmente encarar os fatos: se você não vai ser meu, eu devo te deixar ir. Talvez nós podíamos ter sido felizes, naquele tempo que nem existe mais ou quem sabe nós ainda possamos ser felizes daqui há dez anos quando eu te encontrar num café bebendo cerveja e frustrado demais pra qualquer coisa. Talvez. Mas hoje eu sei que eu só podia ser feliz se eu te deixasse ir. E nem foi uma coisa tão dificil assim. Você disse que ia, eu deixei você ir e foi a partir daí que eu soube que eu ia ser feliz. A minha infelcidade não era não te ter, mas era não te deixar. E agora que eu deixei eu sei que eu posso ser feliz, e estou sendo. Com balões, jardins e tudo aquilo que eu sempre achei que só ia ter a partir do momento que te tivesse mas que nasceu agora, no dia em que eu te deixei ir. Exatamente do jeito que sempre deveria ter sido.

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